Você só conhece o que o outro permite
Nesses dias a prefeitura da minha cidade
liberou o uso das máscaras. Acredita? Eu ainda não acredito que essa pandemia
está passando. Glória a Deus!
Uma
das consequências da pandemia para a maioria de nós foi o distanciamento de
muitas pessoas queridas. O cuidado para não nos contaminarmos e não contaminar
ao outro foi um cuidado constante, chegando às vezes a ser preocupante
emocionalmente. Sim. Quantos de nós não ficamos com medo de chegar perto de
outras pessoas, de ter o mínimo de convivência. Aperto de mão, abraço e o tão
comum beijo no rosto... Nem pensar!
Sim.
Muitos de nós vamos ter que sentar ou deitar num divã e ter longas conversas
com nosso psicólogo (se não tem, arrume rs) para poder nos encontrar e sairmos desta vivência de pandemia
com mais tranquilidade.
Na
verdade nem era sobre isso que eu queria falar, mas o assunto me veio e eu
acabei dialogando com vocês sobre.
Vamos
lá... Lembra daquela pessoa que você conheceu durante a pandemia usando um bela
máscara enfeitando o rosto? Vou te contar a minha história.
Andava eu tranquilamente por entre as lojas de
um conhecido shopping da minha cidade. Quando me deparo com aquela moça na minha
frente com um sorriso enorme dizendo
cordialmente: Oi. Você é a Alice?
_
Sim, sou eu. _ Disse de uma forma educada sem fazer a menor ideia de quem se
tratava.
A garota começou a me perguntar como eu
estava. Eu disse que bem. Perguntas triviais que você faz a um conhecido que
encontra por acaso no vai e vem da vida. Eu a respondia com toda a cordialidade
possível torcendo para ela não me perguntar se eu a estava reconhecendo.
Depois de um tempo ela tocou num assunto e eu
me lembrei. Sim! Eu a conheço, foi durante a pandemia e nós estávamos com a boa
e velha, ou melhor a feia e chata, ou melhor a necessária máscara. A máscara
sempre esteve entre nós durante as nossas conversas. E sim eu não a reconheci
sem a bendita máscara. Eu me recordava um pouco daquela voz, mas os olhos
pareciam não encaixar com o resto do rosto e sim faltava algo. Faltava-lhe a
máscara.
Agora
vamos para o nosso papo. ;)
Sim. Nós só conhecemos do outro o que ele nos
permite conhecer. Muitas pessoas nós conhecemos no período da pandemia e
estavam sempre usando máscaras. Nunca vimos seu rosto. Nunca nos foi permitido
ver o nariz, a boca, o queixo e o resto do contorno do rosto. E sim! Tornou-se
algo desconhecido mesmo que tenhamos tido a convivência com esta pessoa por
algum tempo. Só depois que nos foi permitido ver o que tinha atrás da máscara é
que nos damos conta que não conhecíamos a pessoa de verdade. Talvez se víssemos
uma foto nem saberíamos que era a pessoa ou quem sabe como eu se a encontrasse
na rua passaria ao lado como se não a conhecesse.
Mas
você sabia que existem outros tipos de máscaras?
Bem!
Você pode conhecer o outro, pode ver seu rosto, ver o corpo ali na sua frente,
pode ouvir a fala e ver algumas ações, mas não se engane a essência da pessoa, o
seu eu você só conhece o que ela lhe permite ver. Há máscaras de todo tipo e
que escondem muito. Para conhecer alguém não se prenda as máscaras, as falas,
alguns gestos... Perceba o que há por trás do não dito. Para conhecer o rosto
do outro ele tem que tirar a máscara descartável. Para se conhecer o verdadeiro
eu de alguém, seus princípios, índole e o que rege sua vida. Ela precisa tirar
a máscara que o esconde e nos impede de ver seu eu.
Um
viva ao fim da máscara no rosto.
Um
viva ao fim das máscaras que escondem o verdadeiro eu das pessoas e nos fazem
vê-las como são.
Uma dica é “ A boca fala do que o coração está cheio”. Ouça a fala, veja os gestos e perceba as ações. Tem muita gente maravilhosa que não demonstra o que é por ser muito introvertido, tem muita que vive e interpreta um personagem que não é o verdadeiro.
Apenas
perceba o que há por trás das máscaras! Veja além do que os olhos podem ver.
Faz toda a diferença!
Paz e Luz!
Alice Raposo
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Texto muito bacana, o qual trata de forma leve de um assunto assustador. Obrigada pela partilha. Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirObrigada ☺️
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